Reflexos da Família Guerra

 



Ontem ao iniciar a leitura do livro “Será que estás aqui?”-reflexos da Família Guerra- de autoria da minha querida amiga, condiscípula e familiar Guerra, Maria Benilde Guerra e Oliveira, a certa altura deparei-me com a foto do meu pai, que aqui publico que segundo diz foi cedida pela minha tia Lídia… fiquei satisfeito por essa inclusão no livro e embora o meu pai fosse Breda, as origens dos Breda através do Sardão onde se cruzaram com Samicos, Figueiredos e outros por certo também e eu com os Guerra…
Esses segundo nos conta a Benilde são oriundos de Ranhados (Lamego) e de onde veio até Aguiar da Beira o serralheiro Manuel Braz que conheceu e casou com Dorotéia da família dos Fugueiredo da Guerra… desse casamento nasceu o nosso primeiro Guerra de Águeda quiçá o primeiro sapateiro do burgo nos anos de 1700…

E já agora aproveito para aqui transcrever um extracto do meu livro “Breda-um apelido com história…”(por publicar) onde se pode ver o cruzamento dos Breda com os Figueiredo e por certo com os Guerra…

“ÁGUEDA, alguns anos atrás não passava de um pequeno burgo mercantil com o seu cais no rio sempre a fervilhar de barqueiros, peixeiros, salineiros, sardinheiras ... e almocreves que, com as suas récuas de machos, transpunham Alcobar (Serra do Caramulo) e levavam a “sardinha de Águeda” até as faldas da Estrela!
Águeda, que nunca teve foral, ganhou alforria dos seus donatários pelo papel que desempenhou durante a Segunda Invasão francesa em 1809, pois com o seu hospital militar que foi de grande relevância nas escaramuças havidas nas imediações e aquando da reforma administrativa formou Camara em 1834... 
No Sardão estava instalada a cadeia da comarca e a notoriedade  do lugar já era relevante porque por lá passava a estrada medieval que deu origem à Estrada Real. Terá sido por ali que o séquito da Rainha Santa Isabel passou na sua peregrinação a Santiago de Compostela com pernoita em Águeda... 

Voltando atrás e à vinda dos Breda para o Sardão, segundo conseguimos apurar, os dois ferradores, o Manuel e o José Rodrigues, filhos de manuel Rodrigues e Maria Regada, naturais da pequena aldeia de Breda a) junto à ribeira do mesmo nome, afluente do rio Cris e pertencente à freguesia do Sobral, concelho de Mortágua... quando  chegaram ao Sardão logo tomaram o apelido Breda, honrando a sua Terra natal, passando-o a toda a descendência.
Manuel Rodrigues Breda foi casado com Margarida Rosa e deste casal nasceram 11 filhos, tendo a primeira nascido em 1748, sido baptizada com o nome de Joana Maria Breda, seguiram-se: Maria Joaquina Breda (1750), José (1754), Josefa (1756), Ana Margarida de Jesus Breda (1758); João (1760); João Rodrigues Breda (1762); Domingos (1764); António (1766), Joaquina (1769) e Joaquina (1771). Pela repetição dos nomes deduz-se que alguns não vingaram e morreram no primeiro ano de vida.
De todos eles apenas temos o registo de casamento de Maria Joaquina Breda com José Rodrigues Samico, de Ana Margarida de Jesus Breda com Manuel Ferreira da Silva e de João Rodrigues Breda com Ana Luísa.
De notar que a minha descendência vem do primeiro casal: Maria Joaquina Breda e José Rodrigues Samico, que tiveram 5 filhos:
José (1785), Joaquim António Samico Breda (1788); António Joaquim Samico (1790), que casou com Maria Máxima Libânia; Ana (1792) e Manuel Rodrigues Breda (1795) casou com Maria Ludovina de Figueiredo, tiveram uma filha,  Mariana Márcia de Figueiredo Breda, que viria a casar com o Dr. Mateus Pereira Pinto de Barrô e foram os pais do Dr. António Pereira Pinto Breda (1880-1964). Este  nasceu no Sardão na casa do avô, já à data Estalagem para os passageiros da Mala-posta, com cavalariças onde eram ferrados os cavalos das mudas.

Seguindo a minha descendência vamos buscar o segundo filho Joaquim António Samico Breda (1788) que casou com Rosa Joaquina de Figueiredo (1791) e tiveram 9 filhos: Jacinto Breda (1811); Fernando Rodrigues Breda (1813); Francisco Breda (1815);
Josefa Adelaide Breda (1817); Adriano Breda (1820); Francisco Breda (1821); Iria Ermelinda de Figueiredo Breda (1823) que casou com Joaquim Augusto de Macedo; João Breda (1825) e Maria Breda (1829)…
Aqui vamos encontrar a minha Trisavó Josefa Adelaide de Figueiredo Breda, que causou escândalo na familia ao ser mãe solteira, para mais sendo afilhada de Dª. Josefa Pinto Caldeira, da ilustre Quinta da Borralha…O filho, meu Bisavô, Luís Augusto Breda (1850-1901) foi entregue para ser criado a um casal de Recardães e vamos reencontrá-lo adulto com a profissão de funileiro, tendo se estabelecido em Famalicão, Arcos, Anadia, depois de ter casado em Aveiro (Vera Cruz) com Thereza de Jesus (Costureira), filha de Miguel Tavares Fitorra e de Augusta Bernarda de Jesus.

Do casal Luis Augusto e Teresa nasceram 6 filhos: Maria d'Assunção (Famalicão 1884-Águeda 1967); Eugénia (Anadia 1887 Águeda 1974); Flora (Arcos 1889 Lisboa 1972); Leopoldo (1892) e ainda Luis e João, de que ainda não conseguimos registos.
A vinda para Águeda deveu-se ao chamamento da Tia-Avó, Iria Ermelinda de Figueiredo Breda, à sobrinha-neta mais velha Maria d'Assunção. Esta Tia-Avó estava bem casada com o politico Joaquim Augusto de Macedo, a quem atribuem o construção do Fontanário da Romanis Aeminium, na altura colocado na Rua da Fonte e hoje na entrada da Praça do Municipio. Da importância desta familia a Capela no Cemitério do Adro, na rua principal à direita, em pedra d’ançã lavrada e inscrições em letra gótica.
Maria d'Assunção, depois de ter a sua vida organizada, casou com o armador Eugénio Duarte Crespo, tratou de chamar as duas irmãs e lá vieram para Águeda a Eugénia e a Flora (minha avó paterna). Anos mais tarde, com a morte do marido Luis Augusto,  a Bisavó Teresa de Jesus veio também viver para Águeda, para casa da filha Eugénia, onde viria a falecer. “
(Excerto do Livro BREDA-Um apelido com história…)

In retalhosdeaguedaantiga.blogspot.com
By Joao Carlos Breda


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