Ao sábado na feira...
... barro vermelho... cântaros, alguidares, moringas... em Águeda houve uma fábrica que produzia tudo isso, já lá vão muitos anos... depois em Aguada de Cima a tradição do barro vermelho teve continuidade...
Mas olhemos a figura feminina de trajar singelo, descalça e com o xaile de franja a servir de capucha mas poderia ser a capa serrana, de burel preto ou castanho, que tapava o calor, o frio... a chuva!
Vinha das aldeias da encosta do Caramulo...
À cabeça a rodilha e a canastra... canastra em que trazia os queijos frescos para vender e depois levava a sardinha, o sal... e quando ia para o trabalho no campo, monte ou serranias a canastra servia de berço às crianças...
Ainda estou a ver o meu avô Adriano à volta das canastras, com as suas mãos deformadas das artroses, que o impediram de continuar a tocar o seu clarinete ou saxofone, a desfiar as correias de castanheiro para reparar ou fazer uma canastra nova...
Canastreiro, a profissão que trouxe da sua terra natal, Sever do Vouga...
saudades do meu avô Adriano “canastreiro”!
João Carlos Breda
in retalhosdeaguedaantiga.blogspot.com
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