...do Barril à Venda Nova... retalhos de Águeda antiga...

O viajante chegou a ÁGUEDA... vinha do sul, atravessou a ponte, contornou a rotunda e estacionou logo ali... Como tantos outros vinha para ver as ruas coloridas com Guarda-Chuvas... Para não andar ao engano e com o posto de turismo mesmo ali, lá foi colher informação do que havia para ver... folhetos desdobráveis diversos sobre arte sacra, gastronomia, aldeias serranas e passeios pedestres, arte urbana... e sobre a faiança de ÁGUEDA? Há uma rota dos painéis existentes nas ruas da cidade?... Bem, por sugestão lá seguiu pela rua de baixo, virou à esquerda e parou na praça Conde de Agueda, onde um belo efeito dos guarda-chuvas se pode apreciar na confluência da rua José Maria Veloso com a Rua de Cima(Luis de Camões)... Iniciou a subida apreciando o mural, que segundo o desdobrável representava a Lenda da Ponte do Diabo no Alfusqueiro, depois o belo edifício do Palácio da Justiça e o Instituto Superior de Águeda, agora virado para fora sem muros, e chegou a um pequeno largo onde um pain...

Dia de Souto do Rio (Feriado Municipal) Depois de encontrada a melhor sombra foi a coberta de farrapos estendida no chão e logo a toalha aos quadrados verdes e brancos... abriu-se a cesta do farnel que mais parecia uma cornucópia... tantas foram as coisas que dela saíram... pratos, talheres, copos, guardanapos e por último o tacho embrulhado em jornal... Mas também as caixas plásticas com os bolinhos de bacalhau, os pastéis de massa tenra e os rissois... Noutra cesta as garrafas de vinho, água e as laranjadas Bussaco! Desembrulhado o tacho fumegou o suculento arroz de galinha que por todos foi distribuído enquanto se ia picando os restantes acepipes, onde não faltavam as azeitonas e uma salada de tomate coração de boi feita ali na hora! Os bolos da festa de S. Geraldo comprados na véspera pelo avô Adriano, na sua promessa anual de ir à Bolfiar logo pela manhã... Sequilhos, cavacas e suspiros... foi a sobremesa bem como umas carnudas e rubras cerejas que a Tininha tinha ido buscar à f...

Cerejas, cerejas! São de Resende, meu Senhor... Cerejas, cerejas! Carnudas tão luzidia Vermelhas, que bela cor... Cerejas, cerejas! São do Fundão, sô Doctor! Cerejas, cerejas! Um coração quem diria... Uma paixão, um amor! Cerejas, cerejas! São da Gardunha, meu Senhor... Cerejas, cerejas! Tão doces que arrepia! Gulosas e sem pudor... Cerejas, cerejas! São de Cinfães, sô Doctor Cerejas, cerejas! Colhidas q’ando nasce o dia... Saborosas e com rubor... Senhor, senhor... Ò sô Doctor!... Querem cerejas? São lindas... mas está cá um calor!... Olhem... bebam antes umas cervejas! JCBreda ... em Águeda (...onde não há cerejeiras, mas há barris de cerveja!) Junho.03. 2019